quarta-feira, 6 de março de 2013

Ninguém nasce sabendo pensar

Uma das minhas primeiras disciplinas que cursei no curso de Bacharelado em Ciência da Computação, foi a disciplina de Organização Empresarial, e uma coisa que ficou marcada na minha trajetória acadêmica foi um dos poucos assuntos que a disciplina abordou: o pensamento. Não estudávamos nada de organogramas, processos, recursos humanos, etc. Fazíamos sucessivas leituras e análises de um texto, registrado em folhas fotocopiadas de um livro, que falava exclusivamente sobre como lidarmos com o pensamento. Abaixo segue o resumo sobre o conteúdo que foi estudado naquela época. Acho que vale muito a pena o ler.

A capacidade de pensar pode ser o maior trunfo de uma pessoa, mas pouquíssima gente se dedica seriamente ao seu desenvolvimento. Para um grande número de pessoas, pensar é uma habilidade genética e, portanto, imutável. Edward de Bono e seu “Ninguém nasce sabendo pensar” nos mostram exatamente o contrário: o bom pensador não nasce feito; ele se faz com técnicas e treino. Mais: a inteligência pouco te a ver com a capacidade de pensar. Ainda hoje, são poucas as pessoas preocupadas em desenvolver a capacidade de pensar. Até mesmo a ciência e a educação têm-se descuidado disso. Uma exceção é o mundo dos negócios. Não por a caso, grandes empresas e corporações têm investido em pensamento, especialmente junto a seus executivos.

Muito já se escreveu e falou sobre a relação entre inteligência e capacidade de pensar. E muitos equívocos ainda persistem nesse assunto. Um dos mais sérios e comuns é a crença de que ser inteligente equivale a saber pensar. Na verdade, pensar é uma habilidade que se adquire e se desenvolve. Em poucas palavras, pensar é operar a habilidade pela qual a inteligência age sobre uma experiência, seja o que for que esteja em jogo.

A armadilha de inteligência: Com freqüência, pessoas muito inteligentes precisam treinar mais suas habilidades de pensar do que as demais. O motivo disso é o que em nosso “Cognitive Research Trust” chamamos de “armadilha da inteligência”. Seus componentes podem ser sociológicos, operacionais e até físicos. Eis alguns deles (é claro que nem todas as pessoas de QI muito elevado sucumbem a armadilhas como estas):
  • Uma pessoa de QI elevado pode formular um bom argumento para apoiar seus pontos de vista. Neste caso, a armadilha está em que quanto mais coerente for seu argumento, menos motivação a pessoa terá para explorar a própria situação. A pessoa fica presa ao seu ponto de vista, simplesmente porque pode defendê-lo de maneira brilhante.
  • O ego e a auto-imagem baseiam-se em geral sobre a própria inteligência. Daí a necessidade da pessoa inteligente mostrar-se sempre certa, esperta e ortodoxa. A pessoa de alto QI parece sempre inclinada a valorizar mais a esperteza do que a sabedoria, uma vez que a primeira é mais facilmente demonstrável – e depende menos da experiência.
Ferramentas de pensar: O PMI foi o primeiro método de programa CoRT (Cognitive Research Trust) a ser usado em escolas. A origem da sigla: “P”, de plus; “M” de minus e “I” de interesting. Ou seja, pontos positivos, pontos negativos e pontos de interesse. Fazer um PMI significa dirigir a atenção primeiramente para os pontos positivos de um contexto ou situação, em seguida para os negativos e, finalmente para os aspectos de interesse. Isso deve ser feito de forma cuidadosa e disciplinada, num intervalo de tempo que não ultrapasse 3 minutos ao todo. Existem outras ferramentas de pensar que são mencionadas em diversos livros sobre o assunto.

Ouvir, ler e pensar: Bons ouvintes são raros. Ouvir bem requer lentidão. O bom ouvinte concentra atenção diretamente sobre o que está sendo dito – e com freqüência ouve mais do que está sendo dito.

Este texto é baseado no livro “De Bono’s thinking course”, de Edward de Bono. Outras leituras sugeridas sobre o assunto, do mesmo autor: “Novas estratégias de pensamento” e “Os seis chapéus do pensamento”.

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